Em Cruzeiro do Sul, rio Juruá está 66 cm acima da cota de transbordamento

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Em Cruzeiro do Sul, 5 famílias já foram desabrigadas; em Marechal Thaumaturgo, no Alto Juruá, mais de 2 mil pessoas foram afetadas (Foto: Varadouro)



dos varadouros de Cruzeiro do Sul

O rio Juruá continua com tendência de elevação em diferentes partes de sua bacia. Após ter causado muitos prejuízos e afetado centenas de famílias ribeirinhas, indígenas e moradoras da parte urbana de Marechal Thaumaturgo, o Juruá apresenta sinais de vazante nas cabeceiras. Como consequência, o manancial passa a aumentar de volume nas partes mais baixas, como nos municípios de Porto Walter e Cruzeiro do Sul.

Na manhã deste domingo, 3, o rio Juruá estava em 13,66m em Cruzeiro do Sul. Na segunda maior cidade acreana, a cota de transbordamento é de 13 metros. Segundo dados da Defesa Civil, 6 famílias precisaram deixar suas casas e estão em abrigo mantido pela prefeitura e pelo governo. A Defesa Civil Estadual ainda não tem o quantitativo exato de pessoas desalojadas – ou seja, que precisaram deixar suas moradias, mas estão em casas de parentes.

Além do próprio Juruá em tendência de elevação, as autoridades de Cruzeiro do Sul monitoram o rio Môa, principal afluente do manancial, que também está em processo de transbordamento. A elevação do nível do Moa tem influência direta sobre o Juruá na cidade.

Em Marechal Thaumaturgo, o número de pessoas entre desabrigadas e desalojadas chega a mais de 2.300. Até o momento, não há informações sobre desabrigados em Porto Walter, apesar de o Juruá também estar em aumento de cota.

Desde a semana passada a Sala de Situação mantida pelo governo do Acre não informa os dados de leitura do rio Juruá em Porto Walter nem em Marechal Thaumaturgo. Segundo a Defesa Civil, a subida repentina causou o rompimento dos cabos dos sensores mantidos às margens dos mananciais, levando à necessidade de manutenções.

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