Futebol-arte – Alexandre Cruz Noronha

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O esporte é o exercício de eliminar as barreiras de nossas diferenças. De colocar a todos nós no lugar-comum. De nos fazer entender que somos humanos – e, portanto, limitados. O esporte é para todos. Representa culturas e ancestralidades. Podemos praticá-lo como somos. Com as nossas pinturas, as nossas roupas, com a nossa arte. A fotografia de Alexandre Cruz Noronha retrata bem isso. Ela foi produzida em julho deste ano durante o Festival do Povo Puyanawa, em Mâncio Lima. Diz-se que na tradição, os povos indígenas se pintam ou para as celebrações ou para a guerra. Aqui, a pintura no corpo é usada para os dois: a celebração da cultura Puyanawa (que por muito pouco não foi apagada) e a batalha; no caso, a batalha pelo domínio da bola. Isso sim podemos chamar de o autêntico futebol-arte. É o futebol adaptado para aquilo que somos, o nosso modo de viver na Amazônia.



Autorretrato

Sou Alexandre Cruz-Noronha, um acreano de 35 anos, graduado em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Acre. Fotógrafo há 16 anos, sigo a linha humanista em meu trabalho com a fotografia. Sou um amazônida que conto histórias da Amazônia e de nossos povos, a partir do nosso território. Tenho na fotografia uma oportunidade para conversar com as pessoas e contar suas histórias, tirando-as da invisibilidade através da luz da fotografia; prezando sempre pela ética, a dignidade e o respeito no exercício da minha profissão.

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