O Acre vive hoje os efeitos de uma grave crise climática, ocasionada por uma seca severa. Os nossos rios estão em níveis críticos de vazante. Em muitos deles é possível ir de uma margem à outra andando. É neste momento que nos damos conta da importância de nossos mananciais. Entendemos que eles são fonte de vida para nós e muitos outros seres. São nossa fonte de água e de comida. São de nossos rios que as comunidades ribeirinhas tiram uma de suas principais fontes de alimentação: o peixe. Peixes fisgados no anzol ou nas tarrafas. Porém, em um ambiente cada vez mais impactado pela seca, a sobrevivência dos rios e das populações estão em risco. Esta imagem é um retrato da relação dos povos da floresta (e das águas) com os rios e igarapés.
Nela, dois homens estão pescando no Rio Juruá, em Cruzeiro do Sul.. Eles estão em uma canoa de madeira, que flutua suavemente sobre as águas barrentas do rio. Um dos homens, vestido com uma camiseta de manga curta, segura a rede de pesca lançada ao rio, enquanto o outro, observa atentamente e conduz a canoa. A vegetação às margens do rio forma um pano de fundo vibrante. A luz do fim da tarde, adiciona um brilho dourado ao rio, destacando a tranquilidade e a beleza natural do ambiente.
Autorretrato
Eu me chamo Paulo Henrique Costa, sou formado em engenharia agronômica (com foco na agroecologia, agricultura orgânica e sistemas de agrofloresta) e muito recentemente terminei o mestrado em Ciências Ambientais pela Ufac. Também já trabalhei na área de comunicação, como apresentador e repórter de um programa de TV aqui no Vale do Juruá (2012). Fui Coordenador de Comunicação da organização Elas Existem – Mulheres Encarceradas.
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