
Desde a tenra infância aprendemos a construir, naturalmente, a nossa relação com o ambiente no qual vivemos. É essa relação que define quem seremos na vida adulta – e como convivemos com o mundo. Na Amazônia, as populações da floresta fazem essa construção com a floresta e com tudo o que surge dela – ou faz parte de sua essência – como os rios e os igarapés. A fotografia de Alexandre Cruz Noronha retrata bem a construção de uma relação entre o homem e o seu ambiente. Ela foi feita às margens do rio Purus, que batiza o nome do município de Santa Rosa do Purus. Nela, crianças fazem do banhar-se em suas águas também um momento de descontração, para as brincadeiras. O rio que é a fonte de água e alimentos, o transporte para os povos da florestatambém representa a leveza, a pureza – o fluir.
Autorretrato

Sou Alexandre Cruz-Noronha, um acreano de 35 anos, graduado em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Acre. Fotógrafo há 16 anos, sigo a linha humanista em meu trabalho com a fotografia. Sou um amazônida que conto histórias da Amazônia e de nossos povos, a partir do nosso território. Tenho na fotografia uma oportunidade para conversar com as pessoas e contar suas histórias, tirando-as da invisibilidade através da luz da fotografia; prezando sempre pela ética, a dignidade e o respeito no exercício da minha profissão.