Nós, amazônidas! – Gleilson Miranda

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Às margens do rio Croa, em Cruzeiro do Sul, nossas mulheres da floresta seguem o fluxo da vida no mesmo ritmo (banzeiro, remanso) das águas do rio. A beira do rio é uma extensão da casa – por vezes é a própria casa, o sentido de lar, de acolhimento, do pertencimento. Dele se tira a comida e a água, lava-se a louça e a roupa – e no fim do dia tomamos o banho para refrescar o calor do dia. E se o sol estiver apertando muito, vale um mergulho a qualquer hora. Essa é a nossa relação com a Amazônia. Assim construímos a nossa identidade – assim somos amazônidas – e com muito orgulho.



Autorretrato

O meu nome é Gleilson Miranda, tenho 54 anos, sou natural de Rio Branco. Sou nascido e criado pelas ruas da Estação Experimental. Apesar de um bicho da cidade, minha família é descendente do povo Puyanawa, de Mâncio Lima. Vi essa cidade crescer e se desenvolver. Sou fotojornalista há quase 30 anos. Pelas minhas lentes e fotografias contei um pouco da História do nosso Acre. Já passei pelos principais jornais do estado e tive meu trabalho rodando o mundo ao ter tido a honra de ser o primeiro profissional a fotografar os indígenas isolados do Acre, na região do Alto Rio Envira, em Jordão, na fronteira com o Peru. Nesta minha trajetória tive meu trabalho reconhecido ao vencer na categoria fotojornalismo o Prêmio José Chalub Leite.

Instagram: @gleilsonmiranda

Email: gleilson.ac@gmail.com

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