
No silêncio das águas escuras do igarapé preto, três crianças compartilham um instante de travessia. Seus corpos imersos no rio, entre a canoa e o movimento da água, são reflexo de uma infância moldada pela fluidez da floresta e pelos ciclos de cheia e seca dos igarapés. Aqui, o tempo não se mede pelo relógio, mas pelo pulsar das águas, pelo brilho dourado refletido na superfície, pelo movimento das mãos que conhecem cada remanso e redemoinho. A Amazônia não é apenas cenário, mas extensão dos corpos que a habitam, resistência que escorre pelas veias do rio.
Autorretrato

Eu me chamo Paulo Henrique Costa, sou formado em engenharia agronômica (com foco na agroecologia, agricultura orgânica e sistemas de agrofloresta) e muito recentemente terminei o mestrado em Ciências Ambientais pela Ufac. Também já trabalhei na área de comunicação, como apresentador e repórter de um programa de TV aqui no Vale do Juruá (2012). Fui Coordenador de Comunicação da organização Elas Existem – Mulheres Encarceradas.
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