Nas cidades ou na floresta, as mulheres da Amazônia assumem, com mais frequência, os seus protagonismos. Enfrentam (e superam) todas as batalhas na busca por uma vida melhor para elas e seus filhos. Assumem com maestria as funções antes ocupadas mais por homens. Estão nos roçados, cortando seringa, quebrando castanha, pilotando as rabetas – conduzindo seus próprios caminhos. Aqui, uma cabocla da floresta, uma amazônida do rio Môa, em Cruzeiro do Sul, leva sua canoa no remo para a busca do alimento. As linhas, as iscas e a tarrafa estão prontas para mais um dia de caça – ou melhor, de pesca. Mas, sim, elas também se embrenham pelas matas para caçar. Para essas mulheres, nada mais as limita. Nas adversidades, aprendem a ser fortes e resistentes – como a própria Amazônia.
Autorretrato
Eu me chamo Paulo Henrique Costa, sou formado em engenharia agronômica (com foco na agroecologia, agricultura orgânica e sistemas de agrofloresta) e muito recentemente terminei o mestrado em Ciências Ambientais pela Ufac. Também já trabalhei na área de comunicação, como apresentador e repórter de um programa de TV aqui no Vale do Juruá (2012). Fui Coordenador de Comunicação da organização Elas Existem – Mulheres Encarceradas.
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