Rondônia cria Frente Parlamentar de Amizade com Israel

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Deputado Lucas Torres (PP) autor da proposta que concedeu o título de cidadão rondoniense a Benjamin Netanyahu (Foto: Ascom ALE-RO)



Dos Varadouros de Porto Velho


Depois que o Delegado de Polícia Civil Lucas Torres (PP), que é deputado estadual, prestou homenagem para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, com título de cidadão honorário de Rondônia pelos “relevantes serviços” prestados ao Estado, agora ele fez uma nova investida. Torres revogou a homenagem, porém criou a “Frente estadual Parlamentar Internacional de Cooperação e Amizade Brasil-Israel”. Primeiro ele propôs um requerimento de maneira individual, cinco dias depois elaborou um projeto de resolução com assinatura coletiva de seis deputados: Alex Redano (Republicanos), Cirone Deiró (UB), Ieda Chaves (UB), Pedro Fernandes (PTB), Ribeiro do Sinpol (Patriota). 

A proposta foi votada na sessão do último dia 10 de outubro, e aprovada sem discussão. O parecer do deputado Alan Queiroz (Podemos) foi favorável e pela constitucionalidade. Os deputados alegam que o projeto segue a mesma orientação do feito pelo governo do Brasil de cooperação “em áreas estratégicas de interesse mútuo, tais como agricultura, tecnologia, segurança, energia e educação”. Ambos assinados no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). 

O acordo criado por Bolsonaro previa cooperação para investigação e inteligência policial; segurança no uso da tecnologia da informação e comunicações; práticas de governança em situações de crise e emergência; indústria, tecnologias e serviços aplicados à segurança pública; análises criminais e forenses.

Desde 2020, que o governo de Rondônia mantém diálogos com Israel e trocaram informações sobre segurança, agricultura, infraestrutura e tecnologia. Em 2022, o governador Marcos Rocha (UB) esteve em Tel Aviv para apresentar as potencialidades do estado, e receber informações dos programas de desenvolvimento israelense. O país também estruturou a rede de espionagem das Forças Armadas brasileira, que adquiriu software, programas de vigilância, comprou armamento poderoso, blindados de guerra. 

De acordo com informações da imprensa internacional, mais de seis mil pessoas, entre crianças, adultos e idosos, foram mortos nos ataques aéreos e por terra feitos por Israel contra a Faixa de Gaza, que passou a ser alvo de intensos bombardeios desde o ataque terrorista do grupo Hamas ao sul de Israel, em 7 de outubro. Ao menos 50 brasileiros estão em Gaza sem poder deixar a região por conta do bloqueio israelense, que também dificulta o envio de ajuda humanitária para as vítimas civis da guerra.


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