Polícia Federal e Funai combatem a extração de piçarra na TI Boca do Acre

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dos varadouros de Rio Branco

A Polícia Federal e a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) realizaram essa semana operação para combater a extração ilegal de piçarra no interior da Terra Indígena Boca do Acre, localizada nos municípios amazonenses de Boca do Acre e Lábrea. Por o território estar localizado bem na divisa entre Acre e Amazonas, a ação foi realizada pela superintendência dos dois órgãos em Rio Branco. A terra indígena é formada pelas aldeias do povo Apurinã.

Uma empresa contratada pela Prefeitura de Boca do Acre foi alvo de diligências policiais por também estar envolvida na retirada ilegal dos minérios da TI. Durante a ação, além das medidas de fiscalização, foram realizadas perícias técnicas no interior da terra indígena, com a utilização de drones e materiais de extração de solo, com o objetivo de qualificar e quantificar o dano ocasionado pelas ações irregulares dos causadores.

As investigações seguem em andamento e os responsáveis, se confirmadas as hipóteses criminais, poderão ser indiciados e responder pelos crimes de usurpação de bem da União e de lavra irregular de minério.

A TI Boca do Acre tem parte de seu território cortado pela BR-317, que interliga Rio Branco aos municípios amazonenses de Boca do Acre e Lábrea. No momento, a rodovia passa por obras de manutenção executadas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit). Não há informações se a empresa contratada pelo órgão federal também estaria retirando piçarra de dentro da terra indígena.

O território dos Apurinã está localizado numa região conflagrada da Amazônia, marcada por intensos conflitos por terra, grilagem e invasões para a extração de madeira e minérios. Conhecida como Amacro, a tríplice divisa entre Amazonas, Acre e Rondônia passou a ser a nova fronteira do desmatamento da Floresta Amazônica desde 2019.

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