A declaração da ministra Marina Silva sobre a meta do Brasil de recuperar 12 milhões de hectares de áreas degradadas até 2030 é, sem dúvida, uma notícia positiva que reflete um comprometimento sério com a preservação ambiental e o desenvolvimento sustentável. Várias características dessa abordagem merecem ser elogiadas.
Em primeiro lugar, a ênfase da ministra na participação brasileira em fóruns internacionais, como o Fórum Econômico de Davos, ressalta a importância de posicionar o Brasil como protagonista nas discussões globais sobre meio ambiente e mudanças climáticas.
Essa atuação assertiva pode contribuir para a construção de parcerias internacionais, troca de conhecimentos e, eventualmente, captação de investimentos estrangeiros voltados para iniciativas sustentáveis no país.
A percepção de uma mudança significativa na condução da política ambiental brasileira, mencionada por Marina, é um ponto crucial. A sinalização de uma postura mais comprometida com a sustentabilidade e a responsabilidade ambiental é essencial para recuperar a confiança de investidores e parceiros internacionais, fortalecendo a imagem do Brasil no cenário mundial.
A abordagem da ministra ao destacar o papel fundamental do setor privado na implementação de iniciativas sustentáveis é acertada. Envolvendo o setor empresarial na busca por soluções ambientais não apenas acelera a implementação de medidas eficazes, mas também reconhece a importância do engajamento de diferentes setores da sociedade na construção de um futuro mais sustentável.
A meta ambiciosa de recuperar 12 milhões de hectares de áreas degradadas até 2030 reflete um compromisso com a restauração ecológica e a conservação do meio ambiente. É positivo ver o governo estabelecendo objetivos ambiciosos e assumindo a responsabilidade pela proteção dos recursos naturais do país.
A chamada de atenção para o C20 e sua abertura para a participação da sociedade civil mostra um esforço em incluir diferentes perspectivas na formulação de políticas ambientais. Isso destaca o comprometimento com a transparência, a participação democrática e a busca por soluções coletivas.
Em resumo, a declaração da ministra Marina Silva transmite uma visão positiva e proativa em relação às questões ambientais. A meta de recuperação de áreas degradadas, aliada ao engajamento em fóruns internacionais e à colaboração com o setor privado, sugere um compromisso genuíno em construir um futuro mais sustentável para o Brasil. Essa abordagem merece reconhecimento e incentivo.
Nascido nos seringais de Xapuri, Pitter Lucena é jornalista e escritor. Deu os primeiros passos nos varadouros das letras no início da década de 80, quando estudou Teologia dentro do projeto das Comunidades Eclesiais de Base da Igreja Católica no Acre. Em 1985 entrou para o mundo do jornalismo. Trabalhou como repórter nos jornais Folha do Acre, O Rio Branco, A Gazeta e A Tribuna, além das emissoras de TV. Em 2003 ganhou o prêmio de jornalismo José Chalub Leite por reportagens sobre o esquadrão da morte no Acre. É bacharel em Comunicação Social, jornalismo, pelo Instituto de Educação Superior de Brasília – Iesb.
pitter.lucena@gmail.com