Menos de um ano após grande cheia, rio Acre volta a transbordar; governo decreta estado de alerta

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O rio Acre na região da capital, que já desabriga famílias no bairro da Base (Foto: Marcos Vicentti)



dos varadouros de Rio Branco


Nem se completou um ano desde a grande cheia do rio Acre – quando chegou à marca de 17,72 m em abril de 2023, a terceira maior da história – o manancial voltou a transbordar. Comunidades ribeirinhas e urbanas são impactadas ao longo da bacia do Alto e Baixo Acre. Os municípios de Assis Brasil, Brasileia, Epitaciolândia e Rio Branco registram casos de famílias desabrigadas – muitas delas ainda tentando se recuperar dos prejuízos da enchente passada.

No início da tarde deste sábado, 24, o rio Acre estava em 14,94 metros na capital. Ele está em tendência de alta ao longo de todo o leito. O riozinho do Rola, seu principal afluente na região do Baixo Acre, está três metros acima da cota de transbordamento, ue é de 12,53 metros. Segundo as medições oficiais, os principais rios de todas as bacias acreanas estão em tendência de aumento de volume. Os que não superaram a cota de transbordamento estãao muito perto de alcançá-las.

Por conta do cenário ambiental ainda prever muitas chuvas para os próximos dias em todo o Acre, o governo decretou estado de alerta nesta sexta-feira, 23. O Decreto 11.413 foi publicado em edição extra do Diário Oficial. A assinatura do documento pelo governador Gladson Cameli (PP) ocorreu na manhã de sexta, quando ele disse que a medida era uma forma de se antecipar e atender as famílias da melhor maneira possível.

“Vamos tomar providências antes que o rio suba mais e desabrigue as pessoas. Não podemos politizar essa situação, pois estamos falando da vida das pessoas. Já acompanhamos de perto, dando o suporte e realizando ações em Assis Brasil, por exemplo”, afirmou o governador, em entrevista coletiva ainda na sexta.

O decreto de emergência reforça as ações já estabelecidas no plano de contingências, organiza o atendimento às famílias atingidas e também estabelece que o Estado receba recursos para o atendimentos dessas pessoas. O alerta tem vigência de 30 dias a contar da data da publicação.

“Considerando os prognósticos técnicos a respeito da precipitação pluviométrica para os próximos dias; e que a situação é um evento natural, de evolução gradual, e que as medidas emergenciais de amparo à população são necessárias, a fim de preservar o bem-estar da população e as atividades socioeconômicas, fica declarado estado de alerta em decorrência das chuvas no Estado do Acre”, aponta o documento.

A Secretaria de Estado de Governo deve coordenar a atuação específica dos órgãos e entidades da administração pública direta e indireta para o enfrentamento ao estado de alerta. Equipes multidisciplinares devem ser montadas para atender as demandas. “Cada órgão e entidade da administração pública direta e indireta do Estado do Acre deve indicar, mediante expediente do respectivo dirigente, um membro titular e um suplente, e seus números de telefones para contato”, pontua.

O trabalho voltado para atendimento às demandas do decreto não é remunerado. Também é estabelecido o papel de cada órgão, sendo a Secretaria de Estado do Meio Ambiente responsável pelo monitoramento e alerta de dados, que devem fundamentar a tomada de decisões. (Com informações da Agência de Notícias do Acre)

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