Cooperacre: fomento à bioeconomia que assegura renda às famílias da floresta

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Ano passado, cooperativa adquiriu 350 mil latas de castanha, movimentando R$ 24 milhões (Foto: Sérgio Vale/Secom/AC)


Em 2022, cooperativa movimentou mais de R$ 38 milhões a partir de produção de extrativistas da região amazônica, beneficiando diretamente cerca de quatro mil famílias Apenas na cadeia da borracha, foram produzidas 720 toneladas, gerando R$ 8,6 milhões


Andreia Oliveira
Colaboração para Varadouro

A COOPERATIVA Central de Comercialização Extrativista do Estado do Acre (Cooperacre) se consolida como modelo de negócio que alia a sustentabilidade ambiental através da bioeconomia e geração de renda. A prática extrativista adotada pela rede de cooperativas concilia a geração de renda para muitas famílias e a manutenção da floresta em pé. E busca alternativas que possam potencializar a produção agroflorestal e consolidar cadeias produtivas sustentáveis.

Atualmente, a Cooperacre exporta para nove países e possui 22 associações e 14 cooperativas filiadas, que atuam no fortalecimento das cadeias produtivas da borracha, castanha-da-Amazônia, café, palmito e polpa de frutas. Além do Acre, a cooperativa adquire matéria-prima dos estados do Amazonas, Mato Grosso e Pará, com negociação para ampliar essa relação comercial com os estados do Amapá e Roraima e os com os países vizinhos Peru e Bolívia.

“Nossa missão é desenvolver atividades produtivas sustentáveis, com valorização dos produtos florestais não madeireiros, acreditamos que esse é o caminho para se alcançar a sustentabilidade na Amazônia”, explica José Rodrigues de Araújo, presidente da Cooperacre.

Em 2022, a Cooperacre movimentou mais de R$ 38 milhões em bioeconomia, beneficiando diretamente cerca de quatro mil famílias extrativistas. Somente na cadeia da borracha, foram produzidas 720 toneladas, gerando R$ 8,6 milhões de reais. Com a coleta da castanha, o retorno ao produtor foi ainda maior: R$ 24,5 milhões com a comercialização de 350 mil latas de castanha (cada lata custa em média R$ 70). Já na cadeia do café, a expectativa para 2023 é comprar cerca de seis mil sacas, gerando R$ 650 mil.


Parceria com a Apex para expandir exportações

A Cooperativa Central de Comercialização Extrativista do Estado do Acre e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil) firmaram parceria para ampliar as exportações e mercados consumidores dos produtos Cooperacre. No mês de junho, a Cooperacre participou da maior feira de alimentos dos Estados Unidos, realizada em Nova Iorque. A articulação para participação na feira foi toda feita pela Apex Brasil e os resultados superaram as expectativas da cooperativa.

“Ainda temos dificuldades de colocar todo o produto produzido no estado no mercado internacional. Através da Apex chegamos na feira Summer Fancy Food Show fechando oito contêineres em vendas, a partir do ano que vem a meta é aumentar a quantidade de países e participação em feiras internacionais e esse apoio da Apex será fundamental, somos muito gratos por toda ajuda técnica que a Agência tem prestado a Cooperacre”, disse o presidente.


Sobre a Cooperacre

Sua missão é trabalhar pelo desenvolvimento econômico de atividades agroflorestais sustentáveis do ponto vista ambiental, econômico e socialmente justo. Em 2023, a Cooperacre gera cerca de 260 empregos diretos e agrega 22 associações e cooperativas ligadas à produção florestal de castanha-da-Amazônia e borracha, destacando-se como a principal compradora desses produtos no Acre. Também trabalha com a produção de café, polpa de frutas e palmito.


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