Após estabilidade e vazante, rio Acre volta a subir e já atinge 1,5 mil famílias na capital

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Com chuvas intensas registradas no entorno de Rio Branco e no Alto Acre nas últimas 24h, tendência é de manancial permanecer em elevação (Foto: Neto Lucena/Secom/AC)




dos varadouros de Rio Branco

Em uma semana de superação da cota de transbordamento (14m), estabilidade e até vazante em seu volume de água, o rio Acre volta a apresentar elevação de nível na capital, e marcava os 15,33m às 15h desta sexta-feira, 14. A subida é resultado, sobretudo, das chuvas severas que atingem Rio Branco e o entorno, além da chegada das águas que descem das cabeceiras, no Alto Acre. Os maiores índices pluviométricos registrados nas últimas 24 horas, pela Agência Nacional de Águas (ANA), ocorreram no Vale do Acre.

De acordo com a Defesa Civil Municipal, ao menos 1.500 famílias – em 25 diferentes bairros – estão atingidas diretamente pela alagação. Destas, 60 estão desabrigadas e foram levadas pela prefeitura para o abrigo montado no Parque de Exposições Wildy Viana. Alguns dos atingidos foram levados para casa de parentes. Já aqueles com as casas mais altas preferem permanecer nos imóveis com medo de assaltos.

O maior acumulado de chuvas aconteceu no Riozinho do Rola (55,8 mm) e no Espalha (50,2 mm). No Alto Acre, as maiores concentrações foram em Brasiléia (32 mm) e Xapuri (30,6 mm). Todo este aguaceiro, obviamente, terá como reflexo a continuidade da elevação do nível do manancial na capital nos próximos dias. O Riozinho do Rola é o principal afluente do rio Acre, influenciando diretamente no volume de água que chega até ele.

De ontem para hoje, o rio Acre apresentou uma subida expressiva em suas cabeceiras, no município de Assis Brasil. De 5,09m detectados nas primeiras horas de quinta, 13, ele amanheceu nesta sexta com 8,05m. Em Xapuri a situação também é preocupante, com a marca de cheia ficando em 10,39m; houve vazante quando comparado com ontem: 10,92m.

Na Bacia do Rio Acre, no acumulado de março, a maior concentração pluviométrica é registrada em Brasiléia: 364 mm.

Estabilidade e subida no Juruá

No Vale do Juruá, em Cruzeiro do Sul, a situação do rio Juruá é também de elevação, permanecendo acima da cota de transbordamento. Segundo dados da Defesa Civil, na manhã desta sexta o manancial media 13,38m – uma alta de cinco centímetros quando comparado com a medição de ontem. Na cidade, a cota de transbordamento é de 13 metros. Nos 13 dias de março, conforme detecção da ANA, a concentração de chuvas em Cruzeiro do Sul superou os 270 mm.

No bairro Cruzeirinho, em Cruzeiro do Sul, as canoas substituem os automóveis nas ruas com a cheia do rio Juruá (Foto: Paulo Henrique Costa)



No Alto Rio Juruá, em Marechal Thaumaturgo e Porto Walter, a situação é de estabilidade e vazante. Nos dois municípios o rio Juruá apresentou descida de nível de ontem para hoje. A descida dessa água, como esperado, provoca a elevação em Cruzeiro do Sul e nos demais municípios da Bacia do Juruá dentro do Amazonas.

Apesar da alagação já ter atingido 11 bairros de Cruzeiro do Sul, nenhuma família precisou ser levada para abrigos públicos. Na cidade, a maioria das casas está adaptada para lidar com as cheias do Juruá. Todavia, com a elevação do rio, a Energisa precisou interromper, como medida de segurança, o fornecimento de energia para 18 casas da comunidade da Boca do Moa.

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