Luzineide da Silva: a resistência no seringal

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Ao denunciar desmatamento e queimadas que colocam em risco a proteção de suas estradas de seringa, Luzineide da Silva é intimidada com ameaças de morte. Intimidadores lembram o destino de Chico Mendes por sua defesa da floresta ao ameaçarem seringueira. Omissão dos órgãos públicos agravam a situação.

Moradora da colocação Porongaba 1, no município de Xapuri, Luzineide é um dos símbolos de resistência na defesa da floresta em pé, colocando-se de frente contra o acelerado processo de devastação por que passa a Reserva Extrativista (Resex) Chico Mendes desde 2019. Por conta de sua luta quase solitária, essa aguerrida seringueira sofre constantes ameaças de morte.

“Se a gente se impor, chegar lá e dizer que não concorda, a palavra não concorda é como você assinasse uma sentença de morte com esse morador”, afirma ela.

Há tempos Luzineide denuncia os crimes ambientais cometidos no entorno de sua colocação, mas nada parece ser feito pelas autoridades.

“Se você se impor, que nem eu, eu sou coordenadora e me imponho, mas aí recebo ameaças, né? De tudo o é tipo de coisa. Desde eles se organizar para expulsar, alegando não sei o quê, porque eles não têm muito o que alegar de mim, né?.”

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