Varadouro participa da Semana Acadêmica de Comunicação da Ufac

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Durante debate na Seacom, estudantes e jornalistas debateram o desfio de abordar a questão da crise climática desde o território amazônico (Foto: Diogo José!)




dos varadouros de Rio Branco

Falar sobre o jornalismo pioneiro desenvolvido por Varadouro na Amazônia entre as décadas de 1970 e 1980 e sua retomada para os novos desafios do século 21. Apresentar os desafios de se produzir um jornalismo de pauta socioambiental no Acre e encorajar os futuros jornalistas a se envolver neste tipo de cobertura. Estes foram alguns dos temas abordados pelo jornalista e editor-executivo do Varadouro, Fabio Pontes, em debate na mesa “Jornalismo e Meio Ambiente”, da 12o Semana Acadêmica de Comunicação (Seacom), promovido pelo curso de Jornalismo da Universidade Federal do Acre.

Também estiveram presentes no debate a jornalista Priscila Viudes, coordenadora do Núcleo de Comunicação Organizacional da Embrapa/Acre, e o estudante do sétimo período de Jornalismo Victor Manoel, membro da equipe de Comunicação do Comitê Chico Mendes.

Com o Acre cada vez mais impactado por eventos climáticos extremos (grandes enchentes e secas), além de lidar com o avanço do desmatamento e das queimadas, envolver os futuros jornalistas neste tipo de debate faz-se cada vez mais necessário e urgente, para que o tema alcance um número maior de pessoas de forma consciente e racional.

O cenário é ainda mais assustador no atual momento político do estado, dominado por grupos ligados à extrema-direita, que são caracterizados pelo negacionismo climático/científico, e o discurso de que a preservação da Amazônia seria o motivo para o Acre registrar elevados níveis de pobreza e desigualdade de renda.

Desde a sua retomada, em julho do ano passado, Varadouro procura envolver a sociedade acreana num debate sério e científico sobre os impactos da crise climática, e como o avanço do desmatamento tende a deixar o estado num futuro sombrio – com risco de conviver até mesmo com a escassez de água. Uma realidade vivida já atualmente, quando muitas comunidades da zona rural só têm acesso à água potável por meio de caminhões-pipa.

A se continuar o ritmo de devastação da floresta nos próximos, o risco de um colapso total não está descartado, em especial na capital Rio Branco, que depende exclusivamente do rio Acre para abastecer seu quase 350 mil moradores. Em 2024, o manancial alcançou dois extremos: a segunda maior cheia da história, e a maior vazante em 50 anos. O mesmo cenário se repetiu em todo o interior, com muitas comunidades isoladas com a seca dos rios.


A Semana de Comunicação

O evento é uma oportunidade de integração entre estudantes, profissionais da área e especialistas, contribuindo para o desenvolvimento acadêmico e profissional dos participantes.

“A Seacom é um evento muito importante para o nosso curso, pois é um momento em que conseguimos ampliar os debates sobre comunicação para além das disciplinas, através da presença de palestrantes que nos ajudam a pensar o jornalismo contemporâneo, afinando o nosso diálogo com o mundo do trabalho. É o momento em que conseguimos escutar as demandas dos estudantes e promover espaços que deem ênfase nas necessidades complementares à formação dos futuros jornalistas”, afirma o coordenador do curso, Luan Correia.

Na quinta-feira (5), a programação segue com a segunda mesa-redonda, com a temática “Semiótica e Outras Semioses”, das 19h às 21h, reunindo profissionais e acadêmicos de diferentes universidades, incluindo Milton Chamarelli Filho (Ufac), Maurício Elias Zouein (UFRR), Nicoly Carla Moreira de Souza (UFSC) e outros. O encerramento, na sexta-feira (6), contará com apresentações de monografias e trabalhos de conclusão de curso realizados por estudantes em fase de finalização, às 19h, e uma atividade cultural às 21h.

O evento é aberto ao público, e para participar basta se inscrever AQUI

Os interessados também podem acompanhar as novidades e atualizações pela página do Instagram @jornalismoufac.

Para os alunos, o evento é uma chance de aprendizado prático e troca de experiências. “Participar da Seacom é uma experiência incrível e essencial para qualquer estudante. Estamos organizando um dos eventos mais esperados do calendário acadêmico, debatendo temas fundamentais como sustentabilidade, meio ambiente e semiótica. É uma oportunidade única de integração e aprendizado”, destaca o estudante voluntário Diogo José.

A professora Aleta Dreves reforça a relevância da Seacom no atual cenário do jornalismo acreano. “Em um mundo onde a sustentabilidade e a preservação ambiental se tornaram questões centrais, discutir como a comunicação pode contribuir para essas causas é essencial. Para os nossos alunos, esse evento é mais do que uma semana de palestras, é um espaço de aprendizado prático, troca de ideias, ampliação de redes de contato e construção de novos olhares sobre a profissão”, afirma Dreves. (Com colaboração de Ludymila Maia – estudante do 7o período de Jornalismo/Ufac)

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