Tacila Matos e Valéria Santana
dos varadouros de Rio Branco
Como uma forma de mobilizar a população para a pauta climática e trazer à tona os principais agentes responsáveis por incêndios florestais provocados no Acre, profissionais de diversas categorias, estudantes e integrantes de movimentos sociais promovem a Marcha por Justiça Climática a ser realizada neste sábado (5) pelas ruas do Centro de Rio Branco.
O grupo identifica como insuficiente a fiscalização que o Estado (governos federal, estadual e prefeituras) afirma estar fazendo, um comportamento visto como passivo e, portanto, promove poder de latifundiários incendiários.
A fumaça resultante dos crimes ambientais, que no último mês de setembro alcançou índice de toxidade 70 vezes acima do recomendável, e o avanço desenfreado da devastação ambiental, com mais de 2.800km² de floresta degradada na Amazônia, somente em agosto (dados do Imazon), são alguns dos motivos reconhecidos como pontos inaceitáveis pelas pessoas envolvidas na Marcha.
O ato faz parte de uma agenda que tem perspectiva de continuidade para agregar mais a população local à discussão e construir estratégias coletivas. No último sábado houve uma panfletagem no Terminal Urbano e Calçadão da Benjamin Constant, com o objetivo de promover atividades educativas e apontar caminhos para deter o avanço das mudanças climáticas, da produção predatória de commodities e avançar na fiscalização ambiental.
A programação terá início às 8h, com concentração na Praça da Revolução. A partir das 9h, a Marcha seguirá em Direção à Ponte Metálica, às margens do Rio Acre na intenção de também se reivindicar efetivas ação de proteção e recuperação de sua bacia hidrográfica, principal fonte de abastecimento de água da população de pelo menos seis municípios acreanos (Assis Brasil, Brasileia, Epitaciolândia, Xapuri, Rio Branco e Porto Acre).