Capela de Santa Raimunda, a padroeira dos seringueiros, pega fogo em Assis Brasil

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A Capela de Santa Raimunda após ser totalmente destruída pelo fogo na tarde deste sábado (Foto: Cedida)



dos varadouros de Rio Branco

A capela de Santa Raimunda Alma do Bom Sucesso, a padroeira dos seringueiros do Alto Acre, foi destruída pelo fogo na tarde deste sábado, 31, no município de Assis Brasil. Ainda não se sabe se velas acesas teriam sido a causa para o início das chamas, ou se queimadas no entorno da comunidade teriam contribuído para provocar o incêndio. Neste fim de semana, Assis Brasil registrou um grande número de queimadas, incluindo incêndios florestais dentro da Reserva Extrativista (Resex) Chico Mendes.

A capela de Santa Raimunda Alma do Bom Successo fica localizada no seringal Cumaru. Todos os anos, no dia 15 de agosto, centenas de seringueiros católicos participam de uma peregrinação em adoração à santa da floresta. Oficialmente, a Alma Milagrosa de Raimunda do Bom Sucesso não é canonizada pela Igreja Católica.

Nada disso, porém, reduz a fé e a devoção dos seringueiros do Alto Acre. Eles atribuem a ela a realização de milagres e curas. A devoção por Santa Raimunda começou nas primeiras décadas do século passado pelas comunidades seringueiras da região do rio Iaco. Segundo os relatos, ela teria morrido no momento do parto, aos pés de uma seringueira.

Agora, a comunidade católica dos seringais de Assis Brasil buscará ajuda para reconstruir a capela de sua santa protetora, e entender o motivo para o incêndio.




Fofo na Resex

Segundo dados do Programa BD Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), até agosto a Resex Chico Mendes respondeu por 38% dos focos detectados nas unidades de conservação federais do Acre. Ao todo, entre janeiro e o mês passado foram registrados 91 pontos de queimada no interior da reserva.

Infelizmente a tendência é este número aumentar mais e mais agora em setembro, o período mais comum para a “limpeza” de roçados e pastos. Os dias de calor elevado, a falta de chuvas e a baixa umidade relativa do ar são fatores de risco para que as queimadas saiam do controle e invadam a floresta fechada. Os ventos também influenciam no transporte de fagulhas que podem ocasionar acidentes, como a destruição de casas.

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