Com seca prolongada, Epitaciolândia e Xapuri adotam racionamento de água

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Estiagem prolongada afetou rios do Acre todo ecossistema e povo da floresta (Secom – Ac)

Dos Varadouros de Rio Branco


O prolongamento dos dias quentes e secos do verão amazônico, ocasionado pelos efeitos das mudanças climáticas, deixa muitas cidades do Acre em alerta quanto ao serviço de captação de água potável. Por conta do baixo volume do rio Acre e de igarapés afluentes, o Serviço de Água e Esgoto do Estado do Acre (Saneacre) decidiu adotar racionamento na distribuição nos municípios de Epitaciolândia e Xapuri. No caso de Epitaciolândia, o nível crítico do igarapé Encrenca dificulta a captação, o que levou a autarquia estadual a adotar o racionamento desde sábado (21).

“As ações de racionamento são necessárias para garantir o abastecimento dos bairros do município. Por essa razão, o Saneacre orienta à população que utilize a água de maneira consciente, evitando desperdícios e adotando práticas que promovam a economia de água em suas residências e em empresas”, diz nota emitida pela Saneacre.

“Estes tempos de mudanças climáticas representam um grande desafio para o serviço de fornecimento de água para a população. Já enviamos projetos ao Ministério da Integração visando os próximos anos. Vamos trabalhar com o aprofundamento das bacias, a limpeza, para poder amenizar essa situação”, disse José Bestene, diretor-presidente da Saneacre.

De acordo com ele, além do racionamento, o governo tem trabalhado com a distribuição de água potável em caminhões-pipa em sete municípios do Acre. Na capital Rio Branco, o fornecimento por meio de carros acontece desde o fim de julho. São 27 comunidades (entre rurais e urbanas) atendidas pela Defesa Civil, com ao menos 17 mil pessoas necessitando receber água por caminhões.

Na semana passada, a Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil reconheceu a Situação de Emergência Ambiental decretada pelo governo do Acre para os 22 municípios do estado. Já perto do fim de outubro, as chuvas continuam escassas em muitas regiões do Acre e da Amazônia. Uma nova onda de calor, com temperaturas extremas, também compromete o nível dos rios e igarapés usados pela Saneacre.

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